Mpox: Pernambuco ainda aguarda chegada de doses da vacina contra a doença, apesar do início da campanha nacional
Apesar do início da vacinação contra a mpox, a doença antigamente chamada de “varíola dos macacos”, ter sido anunciado pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (13), Pernambuco ainda não recebeu as doses para começar a imunizar a população do estado. A informação foi repassada ao g1 pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na manhã desta terça-feira (14).
De acordo com o governo federal, nesta primeira fase da campanha de vacinação contra a mpox, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) conta com 47 mil doses (confira, no final desta reportagem, quem faz parte do público-alvo dessa etapa inicial).
Por meio de nota, a SES informou que a previsão é de que Pernambuco receba os lotes da vacina ainda nesta semana. A Secretaria de Saúde do Recife afirmou que aguarda o envio das doses para “dar início ao processo de vacinação”.
Na manhã desta terça (14), o g1 entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber o motivo de as vacinas não terem chegado a Pernambuco. Por telefone, o governo federal disse que o problema pode ter sido relacionado à logística, já que os estados ainda estão recebendo os lotes com os imunizantes.
Até a última atualização desta reportagem, o Ministério da Saúde não havia informado um prazo para a chegada das vacinas a Pernambuco.
Primeira fase
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização contra a mpox é focada, neste primeiro momento, em grupos de risco para as formas graves da doença.
No caso de pré-exposição ao vírus:
Pessoas vivendo com HIV/Aids com status imunológico inferior a 200 células identificado pela contagem de linfócitos T CD4 nos últimos seis meses;
Profissionais de laboratório com idade entre 18 e 49 anos que trabalham diretamente com Orthopoxvírus (família do vírus da monkeypox), em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3).
No caso da vacinação pós-exposição ao vírus:
Pessoas que tiveram contato direto com fluídos e secreções corporais de pessoas com suspeitas ou confirmação da mpox, desde que a exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS.