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Prefeitos do Jaboatão e Moreno cobram construção da barragem do Engenho Pereira ao Governo de Pernambuco

O pedido para a retomada da construção da barragem do Engenho Pereira, que teria entre os objetivos principais conter enchentes próximas ao Rio Jaboatão, foi um dos destaques da edição desta segunda-feira (17) do Folha Política, programa matinal transmitido pela Rádio Folha 96,7 FM.

Participaram do matutino os prefeitos do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros (PL), e de Moreno, Edmilson Cupertino (PP), além do secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco, Almir Cirilo, que participou do debate remotamente.

O programa é ancorado pelo radialista Jota Batista e contou com a participação da jornalista de política e colunista de política da Folha de Pernambuco Betânia Santana.

Durante o encontro, os prefeitos lembraram que as discussões em torno da barragem iniciaram ainda na década de 1990 e que as obras até foram posteriormente iniciadas, mas acabaram sendo paralisadas em 2014. Ou seja, estão prestes a completar 10 anos de interrupção.

“É uma preocupação muito grande que nós temos em relação ao nosso município. Várias comunidades são afetadas. Grande parte do Rio Jaboatão passa por dentro do nosso município, como as comunidades de Vista Alegre, Malvinas, Sapolândia, Muribeca. Então, são várias áreas alagadas do nosso município que é reflexo do volume de água que vem do Rio Jaboatão”, comentou o prefeito Mano Medeiros.

O prefeito de Moreno também falou sobre as preocupações decorrentes das enchentes. “

É muito preocupante essa questão da barragem, é um sonho da nossa população. A gente sabe que esse Rio Jaboatão, a cada inverno que acontece na nossa cidade, a preocupação é maior ainda”, disse. Cupertino aproveitou, ainda, para destacar que a barragem do Engenho Pereira também atuaria para o abastecimento de água da população do município.

Segundo o prefeito, a falta de água na região é constante, e o calendário pré-estabelecido pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) não estaria sendo cumprido. A situação se agravaria, afirmou o gestor, em regiões de morro, onde a pressão necessária para água chegar às residências não estaria sendo alcançada.

Durante o programa, os prefeitos questionaram o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco, Almir Cirilo, quanto à retomada da construção da barragem.

De acordo com o secretário, o Governo do Estado deve, primeiramente, iniciar as obras ou retomadas de barragens daquelas que já possuem recursos iniciais para a construção, o que não seria o caso da barragem do Engenho Pereira.

Em seguida, a previsão é que as obras cheguem às barragens que podem ter os recursos levantados, caso da barragem Pereira.

“A nossa governadora [Raquel Lyra, PSDB] está plenamente antenada à questão. Há um esforço muito grande do estado em reativar o grande volume de obras que nós tivemos no passado na questão de infraestrutura hídrica, mais ainda essas de controle de enchentes. Então, existe uma estratégia, estamos à cata de recursos, parte da União, parte de outras iniciativas”, disse Cirilo.

Uma das alternativas, apontou o secretário, seria o financiamento com recursos privados. Segundo o Almir Cirilo, seriam necessários cerca de R$ 60 milhões para a conclusão das obras da barragem do Engenho Pereira.

“Esperamos que muita coisa comece a acontecer a partir do ano que vem. Esse é um ano de levantar recursos e de tocar obras pequenas. Esperamos que no ano que vem a gente já tenha uma sinalização concreta dos recursos e possamos começar as licitações [para a construção da barragem do Engenho Pereira], pontuou.

Durante o Folha Política, os gestores municipais reforçaram, mais de uma vez, o pedido para um novo encontro com Raquel Lyra. O objetivo seria justamente tratar sobre a construção da barragem.

Eles informaram que levaram a demanda para a governadora ainda no início do seu mandato e que gostariam de uma nova reunião com a chefe do Executivo Estadual.

Já o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, por sua vez, informou que está de portas abertas para receber os prefeitos na secretaria. Ele frisou que as equipes técnicas da pasta e das gestões municipais podem se reunir para discutir os pontos tratados no programa.

Tanto os prefeitos, quanto o secretário, defenderam que a construção da barragem do Engenho Pereira deve concentrar esforços das três esferas do Poder Executivo (Municipal, Estadual e Federal). Além disso, defenderam o apoio do Poder Legislativo no âmbito nacional, especialmente com a destinação de emendas de bancada por meio de deputados federais que representam Pernambuco.

Os prefeitos lembraram, ainda, que recursos federais e emendas de bancada foram utilizadas na construção de outras barragens.

“Estamos conversando com nossos deputados no intuito inclusive de ajudar alguma discussão nesse sentido de alocar recursos em nível federal, se preciso for, para que a gente tente enfrentar de imediato essa questão da barragem do Engenho Pereira, como tem sido feito também com outras barragens. Quando tivemos aquelas chuvas de 2010, algumas barragens foram feitas em 2013 ou 2014, e Engenho Pereira também estava nessa perspectiva de prioridades, mas até o presente momento não aconteceu e nós estamos nessa perspectiva desse avanço no que diz respeito à conclusão da barragem, comentou Mano Medeiros.

“[Devemos] Juntar todas as nossas lideranças políticas e juntar o Governo do Estado, se for o caso inclusive de alocar emendas de bancada que sejam nesse sentido de juntarmos esforços com o Governo do Estado para enfrentarmos essa questão da barragem do Engenho Pereira. Isso não é responsabilidade de um único ente federativo, na verdade é de todos. Acho que temos a participação do Governo Municipal, do Estadual e do Federal. E eu acho importante enfrentarmos essa em conjunto”, continuou.

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